Sobre o projeto

DecolonizAI é uma plataforma piloto que visa contribuir com o debate da interação humana com as tecnologias sob a perspectiva decolonial. 

Entendendo que as práticas coloniais permanecem na indústria, instituições e relações de poder, sendo as tecnologias emergentes apenas um reflexo das obstruções ao acesso aos direitos universais, o desafio de tornar a interação humano-algoritmo ética, empatica e inclusiva são imensos.

O objetivo da plataforma é: 1) agregar pesquisadores com interesse e produção acadêmica que se relaciona com a diversidade cultural, étnica, identitária em estudos sobre a sociedade e tecnologia; 2) reunir referências que colaborem para compreensão e reflexão sobre o tema; 3) apresentar exemplos visuais que colaborem para compreensão do tema por um público mais amplo, através de memes, fotos, vídeos, gráficos, etc.; 4) tornar-se um ambiente interativo para provas de conceito de projetos relacionados ao tema como IHC inclusiva, IHC feminista, APIs de filtragem de conteúdo semântico a partir de premissas éticas, assim como planos futuros de construir uma base de dados decentralizada com o  controle dos usuários proprietários dos dados postados na plataforma.


DecolonizAI surge como iniciativa de pesquisadores reunidos na Catedra Oscar Sala, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, como plano prático e experimental, assim como prova de conceito sobre como pesquisadores do ambiente acadêmico-científico podem ampliar sua comunicação com a sociedade, compartilhando saberes e provendo modos de interagir com a computação de maneira consciente.

DecolonizAI é uma iniciativa de pesquisa que entende que a inovação só será possível através da difusão de saberes múltiplos, e não incluídos em escala quantitativa, nas narrativas tecnológicas presentes nas redes e modos de coletar dados.

A pergunta principal a ser respondida é como o Brasil poderá contribuir para a criação e coleta de dados justa, representando deste modo os diversos povos e seus modos de vida.

A decolonialidade da inteligência artificial é ainda uma demanda em aberto desde que não existe uma fórmula que facilite a pratica da decolonialidade na interação humano-algoritmo.

Se o Brasil ambiciona implementar autonomia tecnológica em diversos serviços e mercado, perguntamos, qual será o compromisso com a cultura local e os diversos modos de vida que habitam o território, assim como a responsabilidade social e ambiental destes projetos?

Sendo assim, como grupo de pesquisa propomos maior atenção ao tema da decolonização para pensar pesquisa e desenvolvimento em ligação direta com a sociedade. Ou seja, como fazer com que os dados que trafegam nas redes representem os anseios éticos, sociais e ambientais, de modo que estes sejam ações afirmativas e não de reforço ao negacionismo sobre o racismo, injustiças sociais e problemas ambientais.  

Somos a favor da criação de uma base de dados construída dentro das premissas éticas e bioéticas, através do conhecimento científico e oferecida de modo descentralizado de modo a prover autonomia aos indivíduos sobre a decisão em comercializar – ou não – os seus dados.

  

Pesquisadores

Colaboradores

Parcerias